terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A lista

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?
.
A lista - Oswaldo Montenegro

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ballet em tons

À Clarinha, para quem a música é vida
e a vida, música.
E à minha querida Leila,
que por música é movida.
.


Dança, alegra, contagia
Se move, nos move, rodopia
É beleza, delicadeza, fúria, sentimento
É eterno, é momento
Movimento

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Primavera



Floresceu
A manhã brotou em cores
O dia exalou aromas
A vida desabrochou em flores
amores

É primavera!
e hoje eu vi
E em sorrisos me abri

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

porvir

Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente sem sentir vontade

Marcelo Camelo, Janta (adaptação)

Agradecimento


obrigada
pelo carinho diário
obrigada
pelo telefonema curto, mas freqüente
obrigada
pelo abraço apertado
obrigada
pelo amor presente
obrigada
pelo tudo, pelo muito, pelo nada
obrigada
pelo simples existir
obrigada
porque existes em mim



-Eu amo você.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Névoa


Cinza
Madeira e telha
O branco gelo compõe a paisagem
Tons pastéis nas paredes das casas
E eu, aqui,
sentada
Olhando aquelas fachadas
Pensando em coisas passadas
Sem tom animador

Olhando não sei pra onde
Querendo um horizonte
Pra seguir

Silêncio
Quebrado apenas pelo barulho da chuva que cai do outro lado da janela
É fim de tarde
Hoje, mais triste que os demais.

É tarde.
É fim.
É cinza.
-texto antigo, mas deu vontade de publicar
Agosto de 2008

insolação

Novamente fazes companhia
Nas primeiras horas do dia
Trazendo sua beleza radiante
Que hoje, apenas angustia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

queda

c
ai
u
.
que-brou
.
em ca-cos se transformou
de-formou
.
.
o chão ficou molhado

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

[...]

[...]
Sentada naquela cadeira, mais uma vez, ela via o tempo correr... Com o livro nas mãos e a cabeça nos “trabalhos a fazer, prazos curtos para entregar” ela lia e relia as mesmas linhas do parágrafo, sabia que não adiantava ler sem absorver aquelas palavras, ou se concentrava naquilo ou largava o livro. Decidiu largar.
Precisava pensar...
Pensou em conversar com alguém, com alguma amiga, então, ligou o computador e entrou no MSN. Mas não, não havia ninguém a vista, ou, pelo menos, ninguém que ela pudesse conversar. Resolveu então esperar um pouco, “vai que aparece alguém”, pensou. Enquanto esperava foi ler blogs, fazia tempo que não os lia. Encontrou algo num dos textos que leu. É, precisava conversar com ela mesma.
Resolveu ir à praia, se sentia bem naquele lugar.
Entrou no carro, não avisou aonde ia, só disse que iria sair. “Se a quisessem encontrar ligassem para o celular”, pensou. E saiu.
No caminho não pôs som, precisava do silêncio do ambiente, porque na cabeça já havia som demais. Possibilidades e mais possibilidades apareciam e eram descartadas e essa conversa silenciosa barulhenta permaneceu até a praia.
Quando chegou lá, resolveu ficar em silêncio, boca e mente, por alguns minutos. Olhou aquela paisagem, depois fechou os olhos e respirou, inspirando e expirando l e n t a m e n t e aquele ar com cheiro de mar, depois de algumas inspirações conseguiu: estava em silêncio. Abriu devagarinho os olhos, olhou de novo tudo aquilo, como é bonita aquela paisagem!
Tentou se lembrar de coisas boas e uma série de acontecimentos veio a sua mente. Lembrava de dias ensolarados, de tardes com amigas e de noites com lua naquele lugar... Como era bom está ali!

Então se voltou para si. Mais uma vez aquela angústia. Queria saber o motivo dela e... Queria se encontrar...
Se pôs a escrever... Enquanto escrevia o telefone tocou.
Hora de voltar pra casa e à realidade.
[...]

sexta-feira, 10 de outubro de 2008


o silêncio discursava
o que o coração sentia
e o corpo jorrava
amorragia

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Maresia


Sol, Mar
Solar

Só mar
sol
ar

Mar

Soma
Orla

Lar

Num quarto

Verde
Vermelho
Espelho

Meia luz
Meio tom
Pouco som

Melancolia
Metade
Saudade

domingo, 28 de setembro de 2008

Joadi.

Foto: Daianna Medeiros
Os pés inchados, calejados,
Caminham pra me encontrar,
Vagaroso caminhar

As marcas visíveis
Não tiram o belo
Do belo olhar

Um sorriso juvenil
No rosto envelhecido
Põe-se a brotar

E os braços já cansados
Trazem aquele velho abraço
Abraço familiar

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Abraço


Espaço apertado
Em que os olhos fecham-se
Os corações tocam-se
E tocam
Batidas de amor

Onde tudo faz sentido
Onde o tudo é tudo aquilo
E só aquilo

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pedido

Por que você não dorme?
Dorme um pouquinho, fica quietinho... Pára um minuto.
Dorme. Dorme pra eu dormir. Dormir e sonhar.
Dorme pra que eu possa acordar.
E, quando isso acontecer, eu possa ver o sol brilhando e achá-lo belo, achar o belo, ao invez de só notar a claridade que me diz que amanhã já é hoje e que o que era pra hoje ainda não está pronto.
Dorme pra eu poder enxergar a beleza do verde ao lado, ver o azul celeste do céu de primavera e ouvir o canto dos passarinhos que fazem ninho no meu quintal.
Silencia. Não quero o seu barulho rotineiro, aquele dos ponteiros, que me avisa que você não dormiu e ofusca qualquer melodia que a lavandeira tenta cantarolar.
.
.
Psiu...
"Será que ele me ouviu?..."

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

sorriso desconhecido


Um sorriso desconhecido me chamou atenção. Era largo e bonito, aberto ao acaso.
Lembrou-me os tempos de escola, os sorrisos largos que dávamos quando algum motorista cordial parava pra gente atravessar a rua rumo a parada.
Parece que eram tempos despreocupados, OU NÃO, como diz uma amiga minha, mas... Sei lá, a cabeça era menos cheia... Ainda dava tempo de ir ao cinema e os sorrisos ao acaso eram mais freqüentes...

Acho que o brilho da juventude, tão comentado pelos mais velhos, está, em grande parte, nesses risos despreocupados, dados pro nada, abertos por nada ou por pouca coisa... Risos que, aos poucos, vão se perdendo... parece que falta tempo... até pra sorrir.
.
E o sorriso conhecido da menina, aquele velho amigo, parece mais cansado, mais distante... já não é tão conhecido...
.
Será desconhecido um dia?
.
[...]
[Espero que não.]

domingo, 7 de setembro de 2008

Sorrisos. Só risos.

Ao meu Vinho,
o motivo do meu riso.
[...]

E ela riu. O mais apaixonado dos sorrisos apareceu em seu rosto enquanto escutava ele falando com a voz dela. Ela riu, riu com a boca, com os olhos, com o coração. Riu como se estivesse escutando a mais linda canção de amor e, de certa forma, estava. Não era uma canção, mas era um soneto, um soneto feito para ela, um soneto de amor, do seu amor.

E ela ri. Ri enquanto escreve e se lembra dele. Ri em ver na mente o sorriso dele, o brilho dos seus olhos. Ri porque ama. Ri porque é amada. Ri porque é apaixonada. Ri porque simplesmente não consegue parar, porque o sorriso teima em continuar no seu rosto. Ri. Mostra o sorriso bonito da moça. Ri pra todo mundo, pra quem quiser ver. Ri o tempo todo.

E ela ri, sorri, só ri.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Caderno


Mais uma vez aqui, em frente a esse mundo de possibilidades: um papel em branco.
Em outras épocas estaria cheio de desenhos, atualmente, o preencho com palavras, às vezes doces, outras vezes amargas, reflexos do meu cotidiano, dos pensamentos que tantas vezes foram tão bem guardados, outras vezes, apenas exprimidos em traços, poucos, muitos, sujos e até belos traços, rápidos, descontínuos, imprecisos traços...
Preencho hoje com palavras que um dia receei em escrever, por não querer me ver nelas em muitos casos... Esse receio volta de vez em quando, mais vezes do que eu gostaria. E vem com fundamentos, por isso as temo tanto...
Ao mesmo tempo, quando preencho esse universo, vejo melhor o meu pois, por mais rabiscado que ele esteja, é mais fácil apagar os rabiscos quando se consegue enxergá-los.
Assim, vou preenchendo esse mundo e me encontrando por aqui, entre as caligrafias limpas, borradas e até confusas... Elas, entretanto, não me esgotam, sou mais que elas... Mas, um pouquinho de mim se acha aqui, nesse universo enigmático, que visito de vez em quando o tornando menos branco, o manchando de mim.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Diário de bordo


Estávamos andando pela praia.
Tínhamos feito aquele velho esquema, eu saí de casa, peguei o 33A depois de uma longa espera, dei um toque: “tô no ônibus.”, nos encontramos no shopping, outro ônibus... Na viagem: conversas, risos, mais conversas...
Descemos e, alegres, nos encaminhamos para a praia...
Na ladeira do Guaraná, em meio aos risos, aquele sorriso: praia!

Estávamos andando por ela, com o sorriso no rosto, conversando e admirando aquele cenário tão gostoso e tão familiar...

Uma voz ao fundo:
-Então você liga a caixa de descarga ao tubo de ventilação... que vai... caixa de inspeção...

Olhei o relógio.
Diário de bordo: 10h25: aula de instalações. Segunda-Feira.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Discurso mudo

Descobri o quanto sou ruim com as palavras. Sabia que queria ouvi-las. Sentia o que queria ouvir, mas não conseguia falá-las. Talvez no não pronunciado, no não dito, no meu silêncio, você, de alguma forma, consiga escutá-las. Talvez não. Talvez meu silêncio não fale tanto quanto eu gostaria que ele falasse, talvez meu silêncio não discurse, silencie apenas. E, além da minha boca, meu corpo se cale, minha mão não escreva, meus olhos não olhem, meu sorriso não signifique, tudo silencie, emudeça,cale. Ou talvez você não os entenda e precise das sonoridades. Ou, quem sabe, você até os entenda, mas queira mais que um discurso mudo, queira que minha boca também se movimente, que não se acovarde e se abra com palavras, com as devidas e sentidas palavras. Elas, no entanto, teimam em não sair, em se esconder, em se calar, em me calar.
Talvez um dia eu as profira, por enquanto, espero, calada, que meu coração as fale, te fale. Já que este, diferente de mim, calado não está.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Recreio

Toc toc toc
A porta se abre
Numa mão a maçaneta
Na outra um chocolate
No rosto um sorriso
Imediatamente retribuído

Creck Creck Creck
Os dentes vão mastigando
A boca salivando
A língua degustando
O doce presente
Chocolate no dente

Um sorriso melado
Corre e dá um abraço
No pai amado
Voltara a sua infância
Por uns instantes
Tudo perdera importância

Voltara a ser criança

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Desconforto

-Desculpa... -Desculpa
-Não muda
Só machuca.


Hoje prefiro a ignorância
Do que esse desconforto
Vontade de sair do corpo
De não me ver em mim
Vontade de não ser assim
De fugir daqui, daí, dali...

Queria apenas sumir,
Inexistir

O vencedor

"Olha lá quem vem do lado oposto

E vem sem gosto de viver
Olha lá que os bravos são escravos
Sãos e salvos de sofrer
Olha lá quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar

Eu que já não quero mais ser um vencedor,
Levo a vida devagar pra não faltar amor

Olha você e diz que não
Vive a esconder o coração

Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?

E eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz."

Macelo Camelo [Los Hermanos]

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A menina que queria doar o sorriso

- Eu posso doar meu sorriso? Perguntou a menina para si, quase sem esperança de que isso fosse possível.
Mas que sorriso a menina iria doar, se até o dela tinha sumido? Ela pensou... E pensou... Então veio a idéia: “Consigo sorrir se puder doar, então dôo esse sorriso!”.
Só que ela sabia que isso era impossível, a menina não conseguia nem dar um chocolate quanto mais o sorriso! E não poderia ser qualquer sorriso, tinha que ser um sorrisão daqueles que permanecem no nosso rosto em dias felizes.
É... A tarefa era difícil e a menina não sabia a solução. Não sabia nem por onde começar... Parecia mais uma daquelas questões de física que você lê, relê e não faz idéia de como solucionar, sabe nem se calcula velocidade, ou o tempo, ou a força... Pronto! A menina via-se assim, sem direção. Sentia-se impotente. Seu coração tava pequenininho...
Pensou de novo:
-Eu posso doar meu sorriso? Queria doar meu sorriso!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Um domingo. Um abraço. Uma história.

[...]

Parecia que aquela cena de todo domingo se repetia. Ela abria o portão e o deixava sair, mas, ao contrário das outras vezes, ele não estava saindo as 17h30, era cedo ainda, e ele nem ela estavam com a saudade que sempre ficavam. Ela chorava. Ele estava com raiva, estava magoado.
Ia terminar. Acabar. Estava desmoronando. Ela sabia disso, por isso chorava. Também sabia que a culpa era dela e também chorava por isso. Sabia que era ela a culpada, no entanto, não tinha forças para impedir que ele fosse embora, não tinha forças para reagir, só chorava...
O portão já estava aberto, ele se encaminhava pro carro, ela, encostada no pilar da garagem, o via ir, queria impedir, mas não sabia como... É... era o fim.
Então ele parou. E voltou. E então: o abraço.
Não qualquer abraço, AQUELE abraço.
Ele a abraçou fortemente, envolveu-a nos seus braços quentes. Ela deitou a cabeça no seu peito, chorando ainda, molhando-o. Ele continuava abraçando-a, ela também o abraçava. Ficaram ali, em silêncio, abraçados.
As mágoas aos poucos iam sendo esquecidas. Ele a perdoava, ela sabia. Naquele abraço eles, ele e ela, viram, mais uma vez, como se completavam. O abraço reconciliava, era reconfortante, sarava, curava.
Permaneciam em silêncio, apenas abraçados. Permaneceram ali durante alguns minutos. Nem ela nem ele sabiam quantos, mas isso não importava. Ela estava no melhor lugar do mundo, nos braços dele.
Depois, ele a beijou no rosto e ainda sem dar uma palavra - naquele silêncio que fala muito mais do que qualquer palavra - ela fechou o portão. Ele e ela de mãos dadas entraram em casa, voltaram. Foram até a cozinha, ele bebeu água, depois foram para a sala. A TV desta vez não foi ligada. Sentaram-se no sofá, ela encostando a cabeça no peito dele, estavam quase deitados – naquela posição preguiçosa que se senta no sofá- ainda de mãos dadas. Com a outra mão ele acariciava os cabelos dela e ela a barba dele. Ficaram ali, ainda em silêncio. Não queriam falar, não precisavam falar, então, aos poucos, adormeceram.
Não dormiram por muito tempo, foi mais um cochilo, mas ela gostou de está ali, ele também gostou. Então ela acordou e em seguida ele, os rostos estavam perto, as bocas também, e foram ficando mais próximas, mais próximas e mais...

[...]

domingo, 17 de agosto de 2008

Um dia de mar

Precisava ver o mar.
Sentir o vento assanhando os cabelos e chegando ao couro cabeludo.
Sentir a areia nos pés, abraçando-os, durante a caminhada. Sentir a água, gelada, salgada, regando-os e tirando uma possível sensação de calor.
Sentir o calor do sol, que, aos poucos, ia aquecendo meu coração.
Ouvir apenas o som das ondas quebrando, pois, não escutava o ressoar das vozes do meu lado, não estava disposta a escutá-las.
Precisava do silêncio da solidão, do silêncio do mar, só do mar...

Precisava ver o mar...
Sentir. Conversar. Ouvir.

Acalmar a alma. Enxergar minh’alma.

“Por que estais tão aflita? Por que não achas a saída? E como será?”
Fazia, mais uma vez, essas perguntas. E, mais uma vez, não obtinha respostas. No entanto, nessa conversa, o coração aos poucos foi se acalmando, a alma silenciando... A paz invadindo...

Estava sem um Norte ainda, com perguntas ainda. Mas...
Estava em paz...


-É! Precisava ver o mar...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Novos sentidos

À Nathi,
Por me dá outros sentidos, novos sentidos
Por ser perto, longe
Os quilômetros
Estão mais perto
Mais do que os metros

O espaço entre estados,
Encolhido, acolhido, apertado

Num mental abraço
.
Já o tempo
Esse foi esticado, alongado
Descronometrado
Faz anos que te tenho ao lado

Hoje a métrica perdeu a precisão
E o dicionário a razão
Já que a distância, antes separação
Tornou-se sinônimo de proximidade, união

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Horizonte distante

Olhos distantes
Não estão molhados
Tampouco apertados
Apenas distantes
Procurando em algum lugar
O que não encontram ao olhar
Pra dentro de si
Procurando o que apenas em Ti
Um dia obtiviram e hoje precisam achar

"Como a corça anseia por águas correntes,
a minha alma anseia por ti, ó Deus."
[Sl 42:1]

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À Mima ,
não vou esquecer esse dia. Obrigada


Reparte
A parte
Que parte
Teu coração
.
Divida
A vida,
A parte partida,
A tua aflição