quarta-feira, 29 de outubro de 2008

queda

c
ai
u
.
que-brou
.
em ca-cos se transformou
de-formou
.
.
o chão ficou molhado

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

[...]

[...]
Sentada naquela cadeira, mais uma vez, ela via o tempo correr... Com o livro nas mãos e a cabeça nos “trabalhos a fazer, prazos curtos para entregar” ela lia e relia as mesmas linhas do parágrafo, sabia que não adiantava ler sem absorver aquelas palavras, ou se concentrava naquilo ou largava o livro. Decidiu largar.
Precisava pensar...
Pensou em conversar com alguém, com alguma amiga, então, ligou o computador e entrou no MSN. Mas não, não havia ninguém a vista, ou, pelo menos, ninguém que ela pudesse conversar. Resolveu então esperar um pouco, “vai que aparece alguém”, pensou. Enquanto esperava foi ler blogs, fazia tempo que não os lia. Encontrou algo num dos textos que leu. É, precisava conversar com ela mesma.
Resolveu ir à praia, se sentia bem naquele lugar.
Entrou no carro, não avisou aonde ia, só disse que iria sair. “Se a quisessem encontrar ligassem para o celular”, pensou. E saiu.
No caminho não pôs som, precisava do silêncio do ambiente, porque na cabeça já havia som demais. Possibilidades e mais possibilidades apareciam e eram descartadas e essa conversa silenciosa barulhenta permaneceu até a praia.
Quando chegou lá, resolveu ficar em silêncio, boca e mente, por alguns minutos. Olhou aquela paisagem, depois fechou os olhos e respirou, inspirando e expirando l e n t a m e n t e aquele ar com cheiro de mar, depois de algumas inspirações conseguiu: estava em silêncio. Abriu devagarinho os olhos, olhou de novo tudo aquilo, como é bonita aquela paisagem!
Tentou se lembrar de coisas boas e uma série de acontecimentos veio a sua mente. Lembrava de dias ensolarados, de tardes com amigas e de noites com lua naquele lugar... Como era bom está ali!

Então se voltou para si. Mais uma vez aquela angústia. Queria saber o motivo dela e... Queria se encontrar...
Se pôs a escrever... Enquanto escrevia o telefone tocou.
Hora de voltar pra casa e à realidade.
[...]

sexta-feira, 10 de outubro de 2008


o silêncio discursava
o que o coração sentia
e o corpo jorrava
amorragia

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Maresia


Sol, Mar
Solar

Só mar
sol
ar

Mar

Soma
Orla

Lar

Num quarto

Verde
Vermelho
Espelho

Meia luz
Meio tom
Pouco som

Melancolia
Metade
Saudade