domingo, 17 de agosto de 2008

Um dia de mar

Precisava ver o mar.
Sentir o vento assanhando os cabelos e chegando ao couro cabeludo.
Sentir a areia nos pés, abraçando-os, durante a caminhada. Sentir a água, gelada, salgada, regando-os e tirando uma possível sensação de calor.
Sentir o calor do sol, que, aos poucos, ia aquecendo meu coração.
Ouvir apenas o som das ondas quebrando, pois, não escutava o ressoar das vozes do meu lado, não estava disposta a escutá-las.
Precisava do silêncio da solidão, do silêncio do mar, só do mar...

Precisava ver o mar...
Sentir. Conversar. Ouvir.

Acalmar a alma. Enxergar minh’alma.

“Por que estais tão aflita? Por que não achas a saída? E como será?”
Fazia, mais uma vez, essas perguntas. E, mais uma vez, não obtinha respostas. No entanto, nessa conversa, o coração aos poucos foi se acalmando, a alma silenciando... A paz invadindo...

Estava sem um Norte ainda, com perguntas ainda. Mas...
Estava em paz...


-É! Precisava ver o mar...

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