"Onde só não me sinto sozinha"
Mariana Aydar - Prainha
Molhados e descalços caminham sem rumo
Deixando rastros, seguem desatentos
Sem pressa, sem violência, sem atenção
No chão de areia, pisam sem reclamar
Sem ao menos notar que estão a vagar
A atenção não está neles,
Os sentidos só sentem e a mente só procura
O que está ali em frente:
O mar
Misterioso, grandioso, fascinante
Refresca o corpo, a alma, traz goso
Soa e traz consigo paz.
Embala o sono dos pescadores, dos veranistas, das vidas
É companhia a alma aflita
É descanso.
Misterioso, grandioso, fascinante
É forte, violento, provoca temor
Imenso, amedronta do anão ao mais gigante
Que não domina,
Nem ao menos consegue lutar
Com tamanho vigor.
Misterioso, grandioso, fascinante
Aproxima, é BOM.
E impõe respeito, humildade, impotência.
É maior do que os sentidos conseguem alcançar
É impossível de dominar
É mar.
Misterioso, Grandioso, Fascinante
Aproxima, é BOM.
E impõe respeito, humildade, impotência.
É maior do que os sentidos conseguem alcançar
E até o mar domina.
É Deus
"Amedrontados e admirados, eles perguntaram uns aos outros:
'Quem é este que até aos ventos e as águas dá ordem, e eles lhe obedeceram?'"
[Lc: 8: 25]
[baseado integralmente nas palavras de Zwinglio, que muito me falaram ao coração]
2 comentários:
onde foi a foto?
tá tão lindo o post. tá tão a sua cara.
saudades bichinho.
tem se cuidado né?
Lindo texto, meu amor. Comecei a ler e lembrei das palavras de Zwinglio. Aí vc revelou a fonte inspiradora no final.
Muito bom, minha escritora preferida.
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